quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Entre melodias
improvisadas
do jazz que
inunda o ambiente,
nesta noite londrina,
a saudade é
atrevida...

sábado, 23 de maio de 2009

É no auge da madrugada
Que desejos impróprios surgem
Impiedosos, irresistíveis...
Dia seguinte,
Sol brilhante é punhal acusador...
Por isso sempre espero uma manhã
cinzenta e chuvosa.
Biombo esconde culpa.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Terça Narcótica


Noite de pouca conversa
Noite de acordes dissonantes
Noite de rock
Noite de lamento
Noite de desencontros
Noite de muito volume
Só mais uma noite...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Talibã


Palavras ditas

O potencial do teu verbo

Não gera ação...

Somente dúvidas.

Nega e ages o oposto,

Confirma e recusa-se...

Esse duelo fascina e cansa...

Atiça-me.

Tua caligrafia,

Seduz e repulsa.

Paz e disputa.

Rima fácil seria um

Final feliz.

Mas, não existe

Cessar fogo...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um Blues

Noite pagã...
Sem piedade, adentrou
Surrupiou esperanças.
Resta-me o violão empoeirado,
rascunhando notas blues lamento.
E que ninguém ouse acender a luz!



Re-postagem

domingo, 3 de agosto de 2008

LOUCOS DE CARA
Kleiton e Vitor Ramil


Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Não importa
que Deus jogue pesadas moedas do céu
vire sacolas de lixo pelo caminho
Se na praça em Moscou
Lênin caminha e procura por ti
sob o luar do oriente
fica na tua
Não importam vitórias
grandes derrotas, bilhões de fuzis
aço e perfume dos mísseis nos teus sapatos
Os chineses e os negros
lotam navios e decoram canções
fumam haxixe na esquina
fica na tua

Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Não importa
que Lennon arme no inferno a polícia civil
mostre as orelhas de burro aos peruanos
Garibaldi delira
puxa no campo um provável navio
grita no mar farroupilha
fica na tua
Não importa
que os vikings queimem as fábricas do cone sul
virem barris de bebidas no Rio da Prata
M'boitatá nos espera
na encruzilhada da noite sem luz
com sua fome encantada
fica na tua

Poetas loucos de cara
Soldados loucos de cara
Malditos loucos de cara
Ah, vamos sumir!

Parceiros loucos de cara
Ciganos loucos de cara
Inquietos loucos de cara
Ah, vamos sumir!

Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Se um dia qualquer
tudo pulsar num imenso vazio
coisas saindo do nada
indo pro nada
se mais nada existir
mesmo o que sempre chamamos REAL
e isso pra ti for tão claro
que nem percebas
se um dia qualquer
ter lucidez for o mesmo que andar
e não notares que andas
o tempo inteiro
É sinal que valeu!
Pega carona no carro que vem
se ele não vem, não importa
fica na tua

Videntes loucos de cara
Descrentes loucos de cara
Pirados loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Latinos, deuses, gênios, santos, podres
ateus, imundos e limpos
Moleques loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Gigantes, tolos, monges, monstros, sábios
bardos, anjos rudes, cheios do saco
Fantasmas loucos de cara
Ah, vamos sumir!

Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!